Homens da Lei… Ou homens de negócios?

Está na Bíblia Sagrada: «Cuidado com os doutores da Lei, que gostam de andar a passear com trajos vistosos e de serem cumprimentados com todas as atenções na praça pública. Escolhem os primeiros lugares tanto na casa de oração como nos banquetes. Devoram os bens das viúvas e desculpam-se fazendo orações muito compridas. Mas Deus há-de castigá-los ainda mais por causa disso.(Mt 12, 38-44)

Já naquela época a fama dos advogados e operadores do direito não era muito boa.

E hoje, como está depois de 2000 anos?

Para alguns profissionais continua o mesmo. São taxados e menosprezados.

Como você se vê neste contexto?

Se você se enxerga desta forma, precisa rever seus conceitos.

A advocacia mudou. Mudou muito. Já até anunciaram o fim dos advogados. Leia aqui.

Contudo o verdadeiro fim está na forma em que vsilumbramos a advocacia e não na profissão em si.

Precisamos ver uma advocacia mais pró-ativa, perto do cliente, focada em resultados e gestão, utilizando a tecnologia com todo o seu potencial.

Não podemos perder mais tempo com o processo. Precisamos focar em negócios.

Isto é ser mercantilista e ofender o código de ética?

NÃO!

Isto é sobreviver em um mercado cada vez mais competitivo e que precisa do advogado para orientar, acompanhar e crescer.

Precisamos que os advogados vejam esta realidade e participem dela. Ficar atrás de pilhas de processos não irá mudar a advocacia, apenas irá deixar o judiciário contente, pois ficamos a mercê de suas decisões.

Temos que conquistar nossa independência.

Não somos meros peticionadores ou pedidores para juizes. Nossa função social é infinatamente maior.

Precisamos com afinco nos dedicarmos ao mercado, conhecer as novas tendências, possibilidades, ações, teses, enfim, precisamos estar conectados e sintonizados com o que está ocorrendo lá fora do escritório.

Quer ser um homem da lei? Cuidado, até na Bíblia a referência não é boa.

Quer ser um homem de negócio com formação jurídica? Parabéns, o mercado está a sua espera!

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Artigo escrito por Gustavo Rocha – Diretor da Consultoria GestaoAdvBr
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2 pensamentos sobre “Homens da Lei… Ou homens de negócios?

  1. Júlio César 18 de março de 2011 às 15:00 Reply

    Ótima paródia do texto bíblico!

    Muito instrutiva… Ainda não havia pensado assim.

    Temos que ter cuidado, também, com a falta de humildade, ou seja, com a soberba de sermos “doutores” e acabar nos distanciando de nossos clientes, colocando-nos acima deles, cerrando portas para uma relação de parceria.

    Felizmente, nem todo advogado era mal visto na Bíblia. Havia exceções. Paulo também era advogado, mas esse era prestigiado! Esse se colocava como servidor, interessado e preocupado com o progresso cliente.

    Esse é exemplo a seguir.

    Abraços.

    • Gustavo Rocha 18 de março de 2011 às 15:29 Reply

      Obrigado pelo comentário Julio!

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