Antes de pensarmos em qualquer responsabilidade do empresário, devemos compreender o que é ser empresário no Brasil.
Segundo a lei, o código Civil assim preceitua:
LIVRO II
Do Direito de Empresa
TÍTULO I
Do Empresário
CAPÍTULO I
Da Caracterização e da Inscrição
Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.
Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa.
Como bem podemos perceber, temos um livro, um título e um capítulo dedicado a ele.
Na ótica legal, temos como empresário aquele que tem lucro, para produzir bens ou serviços ou ainda prestar serviços.
Tal assertiva é a baseada em lei.
Em fato, vimos no Brasil uma tentativa enorme de empresários baseados em um empreendedorismo muitas vezes louco ou irreal, que faz com que inúmeras empresas não durem mais de 1 ano abertas.
O fato é que precisamos muito do empresário, precisamos muito do seu empreendedorismo, contudo, precisamos igualmente de planejamento, estrutura, gestão, tecnologia, apoio governamental e um mercado favorável.
Analisando alguns dos prismas que formam o empresário, temos que o empreendedorismo é essencial.
Aquela coceira que dá na pessoa ao ver algo que poderia ser melhor. Aquela vontade de mudar o mundo com um serviço/produto novo. Aquele desejo de ter pessoas trabalhando pra ele e não apenas ele trabalhando para outros. Aquele desejo de ser parte de uma sociedade mais justa e fraterna, com apoio do seu trabalho.
E quando isto ocorre, a pessoa tem uma ideia, uma vontade, um desejo incontrolável de mudar a sua vida, junta um valor (muitas vezes pequeno, sem qualquer quantificação com a realidade), um PDV (programa de demissão voluntária) e abre o seu próprio negócio, se tornando um empresário.
O sonho de muitos brasileiros e que alguns tornam realidade.
Parece interessante ser dono do próprio negócio, não ter chefe, acordar a hora que bem entender, trabalhar quando quer… Parece que é um sonho mesmo.
Contudo, a realidade é bem diferente.
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